domingo, 3 de agosto de 2014

Os extremos

Duas pontas de uma linha, duas pontas de uma reta, o início e o fim de uma corda, ou se ainda preferir, os extremos, imagine isso e atentem a ideia de que os extremos apesar de ligados são opostos e, que, entre si existem semelhanças, essas que mantém a relação de ligação entre os opostos. Já deveras ouvir falar que "uma corda arrebenta no lado mais fraco", resta-nos questionar qual semelhança aponta o lado mais fraco, se, numa corda, as características físicas são uniformes?* O que pode dizer-se é o contrário do que se imagina, os lados são semelhantes, como supramencionado, no entanto, se um lado é considerado fraco e ao mesmo tempo apresenta semelhanças onipresentes ao lado oposto, pergunto-lhes, uma característica atípica bastaria para que um dos lados se abstenha à fraqueza? Imaginemos dois extremos, de um lado um indivíduo magro, do outro um gordo e, no meio, um indivíduo fisicamente sarado, bastariam essas características para apontar o lado mais fraco? Ou simplesmente não convém essa comparação pois os extremos não se igualam? Não, não tirariamos conclusões apenas por esses fatores, o que influencia nossa conclusão são os conteúdos, com essas formas estariamos atados a apenas interpretar, se precipitando na conclusão. Faço uso desse modelo para demonstrar o quão podem ser considerada as incontáveis vezes em que rotulamos um indivíduo com o uso de artifícios/características para se sobressair sob ele e obstar nossas escolhas. Um indivíduo não é feito de aparência, mas ele opta por ela, causando um ciclo de aparências sem conteúdo, pois no "rótulo" o que importa é o que se vê, não o que se esconde, e estas são duas pontas de uma linha, de uma reta, o início e o fim de uma corda, ou se ainda preferir, os extremos entre o que se vê e o que se esconde.

*toda regra tem sua exceção.

0 comentários:

Postar um comentário

 

Copyright © 2011-2012 Todos os direitos reservados Equilíbrio Necessário | by TNB