Duas pontas de uma linha, duas pontas de uma reta, o início e o fim de
uma corda, ou se ainda preferir, os extremos, imagine isso e atentem a
ideia de que os extremos apesar de ligados são opostos e, que, entre si
existem semelhanças, essas que mantém a relação de ligação entre os
opostos. Já deveras ouvir falar que "uma corda arrebenta no lado mais
fraco", resta-nos questionar qual semelhança aponta o lado mais fraco, se,
numa corda, as características físicas são uniformes?* O que pode dizer-se é o contrário do que se imagina, os lados são semelhantes,
como supramencionado, no entanto, se um lado é considerado fraco e ao
mesmo tempo apresenta semelhanças onipresentes ao lado oposto, pergunto-lhes, uma
característica atípica bastaria para que um dos lados se abstenha à
fraqueza? Imaginemos dois extremos, de um lado um indivíduo magro, do
outro um gordo e, no meio, um indivíduo fisicamente sarado, bastariam
essas características para apontar o lado mais fraco? Ou simplesmente
não convém essa comparação pois os extremos não se igualam? Não, não
tirariamos conclusões apenas por esses fatores, o que influencia nossa
conclusão são os conteúdos, com essas formas estariamos atados a apenas
interpretar, se precipitando na conclusão. Faço uso desse modelo para
demonstrar o quão podem ser considerada as incontáveis vezes em que
rotulamos um indivíduo com o uso de artifícios/características para se sobressair sob ele e obstar nossas escolhas. Um indivíduo não é feito de aparência, mas ele opta por ela, causando um ciclo de aparências sem conteúdo, pois no "rótulo" o que importa é o que se vê, não o que se esconde, e estas são duas pontas de uma linha, de uma reta, o início e o fim de uma corda, ou se ainda preferir, os extremos entre o que se vê e o que se esconde.
*toda regra tem sua exceção.
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